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terça-feira, 17 de março de 2015

a resposta - dia trinta e sete

Se essa internação for comparada a uma prisão, posso dizer que estou solta da algema que me prendia a esta cama. A partir de ontem, deixei de receber o líquido protéico cor de café com leite que ia do meu nariz ao meu estômago através de uma sonda. A alegria de ter recebido esta noticia não se explica só por eu já estar cansada da monotonia de cada dia. Eu acredito que este tenha sido um progresso nesse longo processo. Mas a novidade não significa que estou em plena liberdade. Ao longo dessa semana, o meu corpo vai estar sob análise. Tudo vai depender de como ele vai decidir responder. E essa resposta todos vamos saber na sexta-feira.
Se mantenham na torcida para que esta resposta seja positiva. Quanto a mim, vou continuar fazendo a minha parte, renovando a cada manhã a minha coragem.

Por enquanto, tudo o que sei é que, se expectativa fizesse o tempo passar rápido, hoje já seria sábado.

2 comentários:

  1. Eu não sei seu nome, nada de você. Mas, porra, que história. Não consegui ler e não vir aqui comentar que estou admirado por sua força de vontade em vencer essa batalha na vida.
    Desejo-lhe melhoras. Que consiga se recuperar bem e olhar para trás como uma vitória. Você não é melhor ou pior que ninguém por causa dessa doença "da moda". É algo sério que merece respeito.

    Também quero comentar o modo como você escreve suas crônicas- a parte digamos que técnica. Gostei muito, li todos os posts de uma vez. Ela prende, é poética, bonita, mas ao mesmo tempo rasga a pele. Nos faz pensar e refletir a forma de enfrentar os problemas e doenças que temos ou teremos durante essa caminha que chamamos vida.

    Parabéns! Fiquei feliz de conhecer alguém como você, mesmo que virtualmente. Melhoras e continue escrevendo, tem talento! Com certeza irei acompanhar. Abraços

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    1. Caue, ler seu comentário me deixou realmente muito feliz e motivada a continuar escrevendo nesse espaço. Muito obrigada. Um beijo.

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