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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

onde eu deveria estar - dia quatro

Presa neste quarto de hospital, meu conhecimento geral está cansado dos preparativos (ou do início?) do carnaval. Eu sinto falta de saber sobre a que ritmo tem ido a vida real. Imagino os carros ainda congestionados nas grandes avenidas, acalmando (ou atrasando) a correria comum entre diferentes rotinas. Penso na praça em que eu mais gostava de andar de patins, onde sei que muitos caem e levantam exatamente agora. Onde eu costumava esquecer para que servem as horas. A praça onde estive pouco antes de vir parar aqui, sem sequer saber que eu estava ali pra me despedir. Eu tenho lido e visto o jornal, e sinto como se tudo lá fora estivesse normal. Pelo visto, esse período de mudanças repentinas se limitou a minha vida. Eu convivo há quatro dias com o dobro de novidades e dificuldades. Num só quarto, guardo tédio com pensamentos no terceiro ano do ensino médio, juntos ao receio, ao cansaço, ao anseio. E à paciência de digitar todo esse texto só com a mão esquerda, já que a dor do soro é crescente na direita. Mas, apesar de qualquer dificuldade, sinto que eu não deveria estar em outro lugar. É bom estar aqui batalhando, sangrando, reaprendendo a caminhar.

Um comentário:

  1. Nenenzinha...essa situação é passageira, logo você estará em casa e como esta escrito nesse texto lindo(como você escreve bem inha!) é tudo um reaprendizado, não tenho dúvidas do sucesso do tratamento. Acreditamos e amamos muito você. Te Amo! Bjs!

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