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domingo, 15 de fevereiro de 2015

nem tudo são dores - dia sete

Ontem eu tive um bom dia: estudei inglês e biologia. Mas a minha alegria não surgiu a partir da evolução vegetal ou do possessive pronoun. A alegria veio por eu ter visto que a construção de uma nova rotina nesse hospital, embora pareça difícil, é uma missão possível. Eu sei que ainda vou sentir muita saudade da vida lá fora, da sala de aula e de casa. Mas, por enquanto, o meu cotidiano vai ter este quarto como cenário. E não posso fazer nada a não ser me conformar sem me acomodar. Agora é levantar e lutar.
Ontem o dia foi bom. A noite, no entanto, nem tanto. Dos últimos minutos do horário de visita até o fim do dia, estive muito ocupada dando atenção a esta febre, que ainda me faz companhia. Eu tenho agora um pouco de medo guardado, muito sangue coletado e, claro: uma porcentagem considerável de otimismo graças aos que caminham comigo. Meu corpo cansado se esforça para acompanhar o meu coração acelerado. Mas, me diz, de que posso reclamar? Aqui estão meus pais me trazendo paz. E, além de todo apoio da família, eis que tive a sorte de me deparar com a minha atual nutricionista, em quem posso encontrar a mesma calma que guardo na minha alma. Michelle, que não sei se lê esse texto e se seu nome é escrito com dois L, mas que, sem sequer saber, é hoje alguém que me fortalece e me incentiva a voltar à vida pelo simples fato de ter optado por estar do meu lado nesta batalha.

Um comentário:

  1. Já virei fã desse blog, dessa doçura de menina, tão sensível, inteligente. Vejo um futuro de muito sucesso pra você. E como é bom saber que posso contribuir um pouco para esse seu novo caminhar. Estamos todosjuntos nisso. Degrau por degrau. Boa noite flor!

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